segunda-feira, 4 de março de 2013

A MULHER QUE PREGAVA COM UMA AGULHA

Por Emmanuel Martins

(At 9. 36-43)
 
INTRODUÇÃO

 
1° Em Atos vemos a expansão da Igreja e do evangelho de Jesus aos judeus e gentios daquela época (At 1. 8).

 
2° Conferimos a Igreja revestida de poder anunciando a Jesus como Senhor, mesmo em face de perseguições (At 4. 31; At 8. 1-3).

 
3° Depois de quase oito anos após o Pentecostes temos o Apóstolo Pedro visitando vários crentes das partes da Judéia (At 9. 32).

 
4° Logo depois de curar um paralítico sob a autoridade do Nome de Jesus, Pedro é solicitado a se fazer presente a um cenário de tristeza e de dor, aonde uma serva fiel do Senhor havia morrido. Serva esta que vamos estudar um pouco sobre ela nesta breve exposição.

 
I – CONHECIDA POR SUAS BOAS OBRAS (At 9. 36).

 
1° Lucas faz menção primeiramente ao fato de Tabita ser uma discipula. Podemos entender através do ver. 38 que em Jope havia uma comunidade de Cristãos, uma Igreja.

 
Tabita, seguia os ensinamentos e preceitos passados por Jesus.

 
2° O nome desta discípula no aramaico se diz Tabita, mas lucas como escrevia para um grego chamado Teophilo, a traduziu como Dorcas, onde ambos os nomes significam “gazela, corça”, genero de atílopes ligeiros e graciosos.
E pelo que podemos ver na narrativa, o caráter de Dorcas era bem parecido com o nome que lhe davam.

 
3° O ver. 36 na Versão Almeida Revista e Atualizada nos faz menção algo que precisa ser destacado. O texto diz que “ela [Dorcas] era notável pelas boas obras que fazia.” Podemos aprender que Dorcas era conhecida por suas boas obras.

 
4° As boas obras não salvam (Ef 2. 8) mas devem ser parte da vida de uma alma salva, pois refletimos o caráter de Jesus (Ef 2. 10).

 
5° Pergunta para reflexão: Qual aspecto de nossa vida nos faz conhecidos pelos que estão ao nosso redor?

 
6° Dorcas era uma mulher caridosa que supostamente servia às viúvas com “túnicas e vestes que fazia quando estava com elas.” Ela utilizava suas habilidades para o serviço do reino. Toda mulher cristã deve servir aos Senhor e aos irmãos com suas habilidades.

 
7° Devemos aprender com Dorcas que devemos servir sem esperar nada em troca.

 
8° Dorcas pregava com a agulha. A pregação sem as boas obras é fraca e sem eficácia.

 
II- CENÁRIO DE DOR, PALCO DE MILAGRE (At 9. 36-41).

 
1° Todo cristão por mais caridoso e bom que seja pode ser surpreendido pela dor de uma perda, pode ser assaltado pela angustia.

 
2° Em meio a vida de trabalho que alegrava grande numero de pessoas a morte lhe sobreveio. Dorcas de modo inesperado foi assaltada por uma enfermidade que lhe causou a morte.

 
3° Os irmãos cheios de fé, crendo que Deus a poderia fazer reviver mandam chamar a Pedro. Desta vez vemos a fé para o milagre, não da pessoa que precisava dele, mas dos que estavam ao seu redor. Precisamos crer para o bem de outros, não só para o nosso próprio bem. Como em Marcos 2. 5.

 
4° Pedro é solicitado por ser o líder da igreja em Jerusalém e por ser usado com grande poder pelo Espirito do Senhor. Pedro certamente dotado de dom de maravilhas obedece ao que Jesus lhes falou em Mateus 10. 8 “ressuscitai os mortos”.

 
5° Como de costume em atos fúnebres, Dorcas é lavada e depositada em um quarto certamente em um primeiro andar na casa onde os santos se reuniam.

 
6° No quarto onde Dorcas jazia Deus fez o milagre.

 
III- UMA CURA PELO MÉTODO DE JESUS

 
1° Pedro ao chegar no lugar onde Dorcas estava, presencia todas as viúvas chorando por falta dela. No momento de nosso nascimento houve o nosso choro diante do sorriso de muitos, mas na nossa partida haverá nosso sorriso diate do choro dos que sentirão falta de nós.

 
2° Pedro faz com Dorcas do mesmo modo como ele viu Jesus fazer com a filha de Jairo. Esta seria a primeira ressurreição na igreja primitiva, e Pedro inexperiente neste aspecto segue a forma como viu Jesus ressuscitar (Mc 5. 41)

 
3° Jesus havia pedido para ficar só com a filha de Jairo, assim Pedro fez com Dorcas (Mc 5. 51).

 
4° Pedro consulta ao Senhor em oração como Jesus havia feito na ocasião com Lázaro, para buscar uma direção (Jo 11. 41, 42).

 
5° Pedro pronuncia uma frase semelhante a que Jesus pronunciou com a filha de Jairo, frase esta que apenas uma letra a diferencia, talita cumi, tabita cumi, que quer dizer Tabita levanta-te.

 
6° Jesus deve ser o modelo nosso na busca por algo sobrenatural da parte de Deus.

 
CONCLUSÃO

 
Neste momento temos toda uma comunidade alegre pela ressurreição de uma discípula. Esta tinha uma marca em sua vida, uma agulha e vestes feitas para a obra do Senhor. Cada um tem uma marca. Moisés, uma vara. Sansão uma queixada de jumento, Paulo um lenço, Pedro sua sombra. Mas esta mulher tinha uma agulha.

Por mais insignificante que pareça os recursos que temos para servirmos ao Senhor, será de grande serventia.

Um comentário:

Unknown disse...

Amém.
Detalhes importantes que devem ser consideradas por todos, existem detalhes que muitos não veem, mas que deixam grandes lições. Fica a reflexão para nós. Que marcas estamos deixando? Abraço irmão Emanuel, seu amigo na batalha e na promoção do Evangelho! A paz do Senhor!