quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

POR QUE SOMOS PENTECOSTAIS?

Por Pr. Sérgio Mascarenhas
 
O pentecostalismo, nome que levamos em nossa identificação cristã além da evangélica, se dá primeiramente por ser uma promessa de Deus profetizada por Joel (2.28,29), confirmada por João Batista (Mt 3.11) e ratificada por Jesus (Lc 24.49; At 1.4) até o dia da manifestação em si:
At 2.1. Cumprindo-se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos no mesmo lugar
2.2. de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
A nomenclatura, pentecostal, se dá pelo fato de o Espírito Santo descer na inauguração da igreja, no dia de Pentecoste (festa judaica que comemorava os cinquenta dias de colheita). Portanto, ser pentecostal é identificar-se com a experiência que veio aos seguidores de Cristo naquele dia, no ajuntamento em Jerusalém quando, as cento e vinte pessoas reunidas, aguardavam tal visitação da parte de Deus.
Essa experiência sobrenatural é evidenciada, geralmente, com a manifestação ininteligível de uma linguagem chamada pelo apóstolo Paulo de “línguas estranhas” ou “fala de mistérios” (I Co 14.2). A teologia denomina tal efeito de glossolália, termo que deriva do grego glossa (língua) e lalia (falar) visando a edificação como finalidade (I Co 14.4). Ou, ainda, dentro da regra, quando ocorre a manifestação inteligível, como no caso do dia de Pentecoste, em que os batizados falam línguas idiomáticas dos povos que visitavam Jerusalém por ocasião da Páscoa (At 2.5-11). Frederich D. Bruner resume dizendo que é “expressão vocal inspirada pelo Espírito1”.
Importante salientar que essa experiência vai além da imersão no corpo de Cristo (I Co 12.13), momento em que há conversão-regeneração (aspecto soteriológico); e também além da imersão no batismo nas águas (Mt 28.19) que é o testemunho público da fé internalizada (aspecto dogmático). Por isso, todo cristão é batizado (pelo Espírito Santo) em Cristo, mas nem todo cristão é batizado (por Cristo) no Espírito (aspecto pneumatológico), conforme as passagens em Atos (8.15-17 / 10.44-46 / 19.4-6).
O que muitos estranham nessa doutrina é que o apóstolo e teólogo Paulo não se aprofunda em seus comentários ao falar do selo do Espírito na conversão (Ef 1.13) e do enchimento no cotidiano (Ef 5.18), deixando de lado a experiência do batismo com o Espírito Santo em si, como faz Lucas, numa visão histórica, ao escrever Atos dos Apóstolos2.
Tal batismo torna o homem pleno e cheio da terceira pessoa da trindade, o que significa que o controle total é d’Ele, em função da pessoalidade-intimidade que Ele causa. Por isso, são estas as premissas que antecedem tal imersão: encarnação dos frutos do Espírito; arrependimento na busca de santidade; obediência à palavra de Deus; desejo diligente de revestimento para o serviço. Em suma, é poder para testemunhar com ousadia o que Deus é e faz (At 1.8), de forma proclamadora (Mc 16.15) e também quanto discipuladora (Mt 28.19,20).
Surge, então, o caráter profético da comunidade de Cristo (igreja), tanto para a efetivação da tarefa evangelística e missionária (I Co 14.22), quanto para a edificação e revelação sobre aspectos pessoais do indivíduo em si (I Co 14.24,25). Por isso, a igreja que dá vazão para tal manifestação, incentivando tais experiências, é alvo das facetas do Espírito Santo com suas atuações sobrenaturais (fogo, vento, óleo, pomba).
Batismo com Espírito Santo não deve se resumir ao exibicionismo personalista de líderes para propagandas de shows pentecostais. Deve, sim, ser o pedido de cada coração desejoso de transformação pessoal, entre outras coisas, e causando uma espiritualidade legítima por meio do fervor da busca diligente, que colocará à disposição de Deus todo crente para qualquer serviço3.
Esse é o propósito do batismo com o Espírito Santo, logo, o pentecostalismo.

 


1. BRUNER, Frederick D.; Teologia do Espírito Santo. São Paulo, Ed. Vida Nova, 1989.
2. MENZIES, William W.;MENZIES, Robert P. No Poder do Espírito: fundamentos da experiência pentecostal, um chamado ao diálogo. São Paulo: Ed. Vida, 2002.
3. FÁBIO, C.; Avivamento Total, www.semeadoresdapalavra.queroumforum.com

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

QUEBRANDO PARADIGMAS DA PREGAÇÃO PENTECOSTAL CONTEMPORÂNEA

Por Altair Germano*

Em todas as épocas a exposição bíblica sofreu influência do seu contexto imediato. Quando Jesus ensinava nas sinagogas seguia o modelo e o estilo vigentes (Lc 4.16.21). Não foi diferente com Pedro no dia de Pentecostes (At 2.1-36), com Paulo em Atenas (At 17.2231), nem com qualquer outro grande pregador da história da igreja.

Não há nada de errado no fato de pregadores adotarem um estilo contemporâneo no ato de expor a Palavra, desde que o referente estilo não fira alguns princípios ministeriais, espirituais, éticos e morais da vida cristã.

O meu desejo é que este texto promova algumas reflexões e transformações sobre a crise na pregação vivenciada no seio do pentecostalismo brasileiro, de forma mais especifica, nas Assembleias de Deus no Brasil, a maior denominação pentecostal de nosso país.

DIRETO AO PONTO: OS SINTOMAS

Passarei a narrar experiências vividas que me provocaram, e que ainda me provocam algumas preocupações com a formação de uma nova geração de pregadores.

Cheguei para ministrar numa Escola Bíblica de Obreiros numa cidade do interior de São Paulo, e logo fui conduzido ao hotel por um obreiro que cuidaria de meu traslado. Ao buscar-me para o culto, aquele obreiro perguntou-me se as instalações estavam boas. Respondi que sim, e que não tinha nada que reclamar. Para minha surpresa, aquele obreiro informou-me que ao conduzir certo pregador para o mesmo hotel onde fiquei, foi indagado pelo mesmo se era naquela “espelunca” que ficaria hospedado. O hotel, onde frequentemente os pregadores e mestres ficam hospedados, podem acreditar, oferece as condições necessárias para trabalho e repouso.

Numa outra igreja, quando retornava do evento para o aeroporto, o obreiro que me dava assistência perguntou-me se a oferta que recebi estava a contento, o que de pronto respondi que sim. Deus conhecia as minhas necessidades e as condições da igreja que me convidara. Diante de minha resposta fui informado que ao receber igual oferta, um outro preletor afirmou que a mesma não condizia com o sua “estirpe”, estando muito abaixo do seu “nível”.

Aqui em Pernambuco, um pregador já costumeiramente convidado por certa igreja, sempre adotou, e ainda adota uma postura arrogante, e por que não dizer profissional. Sempre com um mau humor crônico, o referido pregador costuma tratar com indiferença os irmãos que lhe dão assistência, onde nem um “muito obrigado” sobra para os mesmos. Geralmente, após terminar o seu compromisso, vai embora com a mesma arrogância que sempre chega. Ao ser questionado certa vez sobre a postura deste pregador, o pastor que sempre o convida respondeu: - isso é negócio de pregador, não devemos nos importar! É claro que não concordei esta afirmativa. Para mim, caráter e carisma devem andar juntos. Não pode haver dicotomia entre a vida do pregador e do mestre no púlpito, de sua vida fora dele.

Estive em Alagoas faz pouco tempo, e o pastor de um campo me disse que ao convidar um preletor para um congresso de jovens, o tal preletor lhe perguntou se a mensagem seria do tipo avivada, se era para pregar sobre batismo com o Espírito Santo, sobre cura, etc., pois o “cachê” que cobraria dependeria daquilo que o pastor desejaria para o congresso.

Recebi certa vez a ligação de um pregador, que me pediu informações sobre a igreja em que pregaria. Ele queria saber se a mesma era do tipo “avivada” ou do tipo “reflexiva”. Quando questionei sobre o motivo de estar querendo tais informações, o pregador me disse que era para adequar o seu estilo de pregação com o da igreja, pois desta forma garantiria novas agendas e o seu retorno naquele lugar.

Depois de pregar para um grande e “seleto” público, ao sentar-se do meu lado, o preletor me perguntou: - Fui bem? Fiquei a pensar no sentido de sua pergunta, e entendi que o que ele queria saber era sobre a sua performance, e não sobre a eficácia da mensagem pregada.

OS PARADIGMAS EQUIVOCADOS DA PREGAÇÃO PENTECOSTAL ASSEMBLEIANA CONTEMPORÂNEA

Diante dos relatos aqui citados, e de outros que poderiam ser aqui expostos, temos a clareza de que os paradigmas que norteiam boa parte da pregação e do ensino pentecostal na atualidade estão fundamentos nos seguintes pressupostos:

- No profissionalismo ministerial. Para muitos pregadores e ensinadores o que importa é “dar o recado” e receber o pagamento por isso.

- No estrelismo ministerial. Nunca o desejo pela fama foi tão buscado por pregadores e ensinadores. O princípio do “importa que Ele (Jesus) cresça e que eu diminua” nunca foi tão negligenciado.

- No exibicionismo ministerial. A performance, ou o desempenho artístico na pregação contemporânea, com todos os seus “truques” de oratória, deixaria envergonhado o mais notável sofista (mestre na arte de persuadir por meio da palavra oralizada).

- No mecanicismo ministerial. Há pregadores e ensinadores tão mecanizados em seus ministérios, que não oram mais pela iluminação do Espírito sobre os seus estudos e preparo de mensagens. Contentam-se com alimentos enlatados e congelados, que de acordo com a conveniência são abertos e aquecidos nos fornos de microondas da razão, das técnicas e do cinismo na pregação e no ensino da Palavra.

A LIDERANÇA PENTECOSTAL ASSEMBLEIANA DIANTE DOS PARADIGMAS EQUIVOCADOS DA PREGAÇÃO PENTECOSTAL CONTEMPORÂNEA

Esta é a parte mais delicada deste breve texto, pois nada disto estaria acontecendo, e com tanta frequência (pois eliminar totalmente tais paradigmas é algo praticamente impossível), se não fosse pela conivência de alguns pastores e líderes pentecostais assembleianos da atualidade.

Quando confrontados com esta realidade, para tentar justificar a gravidade de suas ações, alegam somente se rendendo aos paradigmas aqui expostos é que conseguem manter os “cultos” atrativos e a “casa cheia”, e com isso levantar boas ofertas para pagar os altos aluguéis e compromissos da igreja. Fico assombrado com argumentações deste tipo.

Tenho perguntado em algumas Escolas Bíblicas para Obreiros, e também em conversas pessoais, que tipo de pregadores e ensinadores queremos formar nas novas gerações. Se quisermos resgatar a pregação e o ensino bíblicos, se desejarmos formar pregadores e ensinadores que em tudo glorifiquem a Deus é preciso uma tomada de consciência que promova uma mudança de paradigmas, e que consequentemente produza uma nova atitude diante da realidade nua e crua aqui exposta.

Qual o legado e herança que estamos deixando para os nossos jovens obreiros?

Qual o futuro que estamos traçando para as Assembleias de Deus no Brasil?

Como a presente geração de obreiros pentecostais assembleianos será lembrada na história?

Permaneceremos ignorando os nossos desvios da Palavra quanto à pregação e ensino, ou para ela nos voltaremos urgentemente e arrependidos?

Manteremos o silêncio “oficial” total ou parcial sobre tais questões, ou assumiremos de fato a nossa responsabilidade institucional, que em nada deve ser desassociada de nossa responsabilidade ministerial, espiritual, ética e moral?

Romperemos com os paradigmas que prevalecem hoje na pregação e no ensino pentecostal assembleiano, ou seremos seus perpetuadores?

A decisão nos pertence, e precisa ser tomada agora!

*Pr. Altair Germano é teólogo, pedagogo e escritor autor do blog http://www.altairgermano.net/. de onde retiramos o artigo.

domingo, 5 de agosto de 2012

O QUE É SER PENTECOSTAL?

Por Emmanuel Martins
INTRODUÇÃO:
O movimento pentecostal moderno surgiu no inicio do século passado, trazendo vitalidade e uma nova perspectiva em relação à continuidade do batismo no Espirito Santo e dos dons espirituais exercidos na igreja cristã durante alguns séculos, que por meio da falta de estimulo à fé das pessoas em buscarem houve um esfriamento na manifestação deles.
Mas após o avivamento pentecostal do inicio do século, os anos foram se passando e alguns desvios começaram a surgir em nosso meio, principalmente com o avanço do neopentecostalismo.
Modismos começaram a surgir. Doutrinas estranhas começaram a ser ensinadas em nossos púlpitos.
O problema começa aí. Pois muitas pessoas resumem o “ser pentecostal” a algumas praticas extra bíblicas, tais como, oração em montes, unção do riso, unção financeira, unção dos quatro seres, movimento reteté e muitas outras excentricidades com titulo de pentecostal. Chegando ao ponto de que se você não acredita ou não pratica essas coisas você não é pentecostal.
Então vamos analisar a luz da bíblia e da nossa historia o que é ser pentecostal.
AS RAIZES DO PENTECOSTALISMO MODERNO.
Bem, há quem diga que o pentecostalismo moderno tem sua raiz no cenáculo em Jerusalém. Ledo engano. No cenáculo está ligada a Igreja cristã como organismo vivo, como corpo de Cristo. No entanto somos assim chamados, pentecostais, por que acreditamos que a mesma experiencia do pentecostes está disponível a nós nos dias de hoje.
O pentecostalismo se enquadra nas ondas de reavivamento que a igreja cristã viveu a partir do século XVIII. Então assim como ao falar sobre presbiterianismo você vai lembrar de Calvino, ao falar de congregacionalismo, você vai lembrar de Jonatan Edwards e ao falar do metodismo você vai lembrar de John Wesley, ao falar do pentecostalismo você vai lembrar de William Seymour e da rua Azusa. Pois foi lá que tudo começou de fato.
Por influencia do derramar do Espirito que estava acontecendo no país de gales muitos irmão de Los-Angeles estavam orando ao Senhor por uma avivamento. E ele veio. De forma inesperada em um lugar inesperado.
Muitas igrejas têm orado para um Pentecoste, e o Pentecoste veio. A pergunta agora é, será que o elas aceitarão? Deus respondeu de uma forma que elas não procuraram. Ele veio de uma forma humilde, como no passado, nascido em uma manjedoura.” - The Apostolic Faith, setembro de 1906
Essa foi a narrativa publicada no auge do Avivamento. A partir de Azusa muitos irmãos, pastores, evangelistas, sábios e leigos foram inflamados pelo poder do Espirito Santo e incitados a pregar o evangelho quadrangular às nações.
A intenção destes irmãos não foi formar uma nova denominação e sim incendiar, as que já existiam, com o fogo do Espirito.
Isso é algo descrito através do fato de que nessas reuniões irmãos de várias denominações participavam.
Porém como o movimento não foi aceito em muitas denominações, acabou que muitas das pequenas comunidades pentecostais que se reuniam se organizaram tanto de forma administrativa quanto doutrinaria e formaram algumas denominações, entre elas as Assembleias de Deus nos Estados Unidos.
Já aqui no Brasil, a Assembleia de Deus foi formada por alguns irmãos da igreja batista de Belém do Pará, aonde os missionários suecos Daniel Berg E Gunnar Vingren foram recebidos e de lá excluídos devido a descrença nesta "nova doutrina", como diziam, pelos lideres da igreja que não aceitaram a mensagem pentecostal.
Então, liderados pelos misionarios em 18 de junho de 1911 na casa de uma irmã chamada Celina de Abuquerque começou as reuniões da Missão afé Apostolica, anos depois denominada de Assembléia de Deus.
EM QUE ACREDITAM OS PENTECOSTAIS?
Nós pentecostais em nossos primórdios pregávamos os quatro pilares da nossa fé como sendo: Jesus Salva, Jesus cura, Jesus Batiza com o Espirito Santo e Jesus Voltará.
Já hoje a maioria das igrejas genuinamente pentecostais tem seus credos doutrinários em conformidade com a ortodoxia.
Vejamos o credo doutrinario das Assembleias de Deus:
“CREMOS

1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29);

2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17);

3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9);

4) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurar a Deus (Rm 3.23 e At 3.19);

5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8);

6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor. (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9);

7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12);

8) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15);

9)
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

10) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade (1Co 12.1-12);

11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda — visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14);

12) Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10);

13)
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15);
14)
E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).”
MAS ENFIM, O QUE É SER PENTECOSTAL?
Ser pentecostal primeiramente é ser cristão. Ou seja todo pentecostal é servo de Jesus. Ser pentecostal é acreditar na plena atuação do Espirito Santo hoje na igreja assim como o foi no principio. Crendo nos dons Espirituais e na atualidade do batismo no Espirito Santo como sendo uma benção subsequente e diferente da regeneração também efetuada pelo Espirito e diferente do batismo no corpo de Cristo.
Existe muita gente enganada, pensando que ser pentecostal é ser fanático, insano e burro de bíblia.
Há ainda os que, no nosso meio mesmo, pensam que ser pentecostal é ser superficial extravagante e incontrolado em relação às suas emoções.

Mas ser pentecostal é ser dependente do poder do Espirito e crer que podemos ser revestidos dele, de maneira que nosso espirito transborda em línguas estranhas em resposta a este derramar.

domingo, 22 de julho de 2012

CRISE NO PÚLPITO PENTECOSTAL


INTRODUÇÃO

Apesar do maior destaque em nós pentecostais ser o fervor espiritual e a doutrina do batismo com o Espirito Santo, e de nossa historia ser marcada por um forte anti-intelectualismo principalmente aqui no Brasil. No entanto a base de nossa historia e de nossa experiencia esta na Palavra de Deus.

Devemos perceber no inicio de nossa historia que mesmo muitos obreiros rejeitarem o ensino teológico formal, talvez pela disseminação da teologia liberal vigente em muitos seminários da época, mas em nossos púlpitos existiam obreiros que se esmeravam em ler as escrituras, decorar e estudar os textos bíblicos na intenção de alimentar o rebanho. Homens muitas vezes que tinham de se desdobrar entre o estudo da bíblia e o trabalho secular. Homens que em uma mão estava a enxada, o facão, ou a foice e debaixo do braço a bíblia sagrada. Isso nos mostra o interesse destes homens em servir ao povo do Senhor uma palavra embasada nas escrituras.
 
 
MUDANÇA DE PARADIGMAS NA PREGAÇÃO PENTECOSTAL
 
 
Hoje eu vejo uma grande diferença quando põe-se um irmão mais antigo para pregar e um pregador “gideonita”*.
O primeiro apesar das limitações de conhecimento teológico, pois muitos ainda tem a cultura anti-intelectual, porém são centralizados na palavra de Deus, e sempre procuram focalizar a Cristo e ao seu Senhorio. Vale destacar que estes não andam de acordo com “estilos de pregação”, tais como “mensagens de reteté”, de “avivamento” ou de “vitoria”, eles obedecem o que Deus quer falar por meio do texto lido, e confiam plenamente na iluminação do Espirito.
O centro da mensagem sempre vislumbra aquele velho esboço pregado por nossos pais:
JESUS SALVA;
JESUS CURA;
JESUS BATIZA COM O ESPIRITO SANTO;
JESUS VAI VOLTAR.

O segundo grupo já saúda os irmãos querendo aquele amém bem barulhento, mandando um irmão olhar para o outro e dizer o que ele mandar, lembrando que isso acontece dezenas de vezes durante a sua prédica, pega a bíblia ler um texto fora de contexto e dá-lhe chave, benção, vitoria, fogo e movimento! Mensagens pobres de conhecimento bíblico e de espiritualidade. Muitos nem estudam o texto antes de subir ao púlpito. Mas o pior não é que isso acontece por falta de acesso ou oportunidade, muitas vezes por preguiça! Aí temos uma igreja doente, insalubre e que verdadeiramente não conhece a Deus.
Uma igreja levada por ventos de “avivamento”, porém não conhece o genuíno derramar do Espirito.

Devido a esse padrão de pregação, as exposições são muito deficientes. É fato que muitos se deixam levar por esse tipo de coisa por falta de um referencial positivo, de um discipulador ou mesmo de um pastor. Estes quero crer que não fazem por maldade e sim por ignorancia mesmo.
 
 
RESULTADOS DESSA CRISE DE PULPITO
 
 
Baseado nesse pequeno traçado acima, vemos que estamos em crise pois nosso publico esta sendo alimentado com comida sem qualidade e sem o tempero do Espirito. Temos criado um povo leigo de bíblia.
Sempre tendemos a dois extremos, ou a uma mensagem fria, puramente exegética, sem fervor ou a uma mensagem emocionalista, sem profundidade bíblica e uma boa aplicação.
Nossos irmãos devido a esta crise acabam indo buscar nos seminários teológicos algo que eles deveriam ter no púlpito de sua igreja! Isso mesmo. Muitos buscam em uma classe de teologia algo que eles deveriam ter no pulpito. Minúncias da fé.
Nada contra o ensino teológico formal, mas eu acho que lá é lugar de formação de obreiros e não de discipulado. Devido a isso, infelizmente, muitos não acertam na escolha do seminário e entram no caminho do Teísmo aberto, do Calvinismo extremado, do neopentecostalismo ou mesmo o cessacionismo e de outras falsas doutrinas.
Tudo isso motivado por uma fome que os seus lideres deveriam saciar.

CONCLUSÃO
Então queridos pregadores pentecostais, estudemos a bíblia!
Nos apliquemos mais em conhecer a palavra de Deus. O diabo implantou na mente de muitos que se estudar a palavra vai ficar frio, crú (como se diz aqui na cidade onde moro, Campina Grande-PB), sem espiritualidade e etc. Pelo contrario, o conhecimento só vai nos incentivar a buscar algo genuíno da parte do Espirito de Deus. Você vai se sentir inconformado em pregar "qualquer coisa" ao povo de Deus.
Voltemos a pregação centralizada nas Escrituras.

*pregador "gideonita": É aquele que se inspira nos pregadores-agitadores do Congresso Internacional dos Gideões Missionarios da Ultima Hora em Camboriú, Santa Catarina. Onde na sua maioria deixam muito a desejar em conhecimento biblico sólido e suas mensagens são antropocêntricas, levando o publico a fazer muito barulho. Não tenho nada contra o trabalho dos gideões, só não apoio os que lá pregam.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

UM ENCONTRO COM A LIBERDADE

Texto Base: Marcos 5. 1-20
 

Introdução

O ser humano por natureza está mergulhado no pecado, por esta causa é detido por pelo menos três prisões.

Aprisionado por si mesmo: O homem é aprisionado pelo “ego”, e todo pecado tem por missão satisfazê-lo (Ex: Orgulho: Exaltação do ego; Ciúme: medo de ter seu ego suplantado; Adultério: seguir as paixões e lascívias do ego; Ira: É a reação da perda sofrida pelo ego; Vícios: satisfação das carências do ego).

Aprisionados pelo mundo: O mundo é o próximo passo de quem é regido pelo ego. O mundo aqui é referente a rebeldia contra Deus que existe na humanidade, referente a tudo que é praticado que se opõe a sua vontade para a vida do homem, pelo motivo de ser também o mundo fantoches de Satanás pois é ele quem comanda toda esta rebeldia contra o Senhor, juntamente com a intenção caída do homem (Rm 3. 12; Ef 2.1, 2; Tg 4. 4; 1 Jo 2. 14; 5. 19)

Aprisionado por Satanás: Este último caso por consequência dos dois acima nos mostra pessoas que recebem em sua vida total domínio e influencia das forças malignas. Lembrando que todo pecado é a marca do Diabo nas nossas inclinações carnais i. e. na nossa carne, enquanto o fruto do Espirito é a marca de Cristo em nossa alma e Espirito.



I-           A situação deste homem e a situação dos homens em geral.

a.   Temos um homem com a imagem de Deus em sua vida totalmente deteriorada por causa da obra do diabo. Semelhante a todos os homens distantes de Deus

b.   A imagem de Deus no homem consiste em semelhança moral com Deus, ou seja, ser santo, sem pecado, amoroso e se inclinar para fazer o que é bom aos olhos de Deus.

c.   O diabo tem como intuito macular esta imagem de Deus no homem. E isto ele vem fazendo desde o Édem quando encaminhou Adão e Eva à rebelião contra Deus.

d.   Este homem não mais representava a imagem de Deus. Deus é santo e amoroso, mas ele estava impuro e repleto de ódio.



II-        Um homem oprimido.

a.   Esse homem vivia nas proximidades da aldeia de Gadara. Uma comunidade gentílica de costumes pagãos, estes são tornados notórios na narrativa através do costume de criar porcos, um animal considerado imundo diante da Lei.

                                         i.    Como as pessoas desta aldeia são todos os que estão distantes da salvação, levando em consideração o fato de não serem Judeus, e por esta causa, sem Lei e distantes da salvação, pois “a salvação vem dos Judeus” (Jo 4. 22).

b.   Este homem morava nos sepulcros e não em casa (Mc 5. 3; Lc 8. 27). Os sepulcros de gadara ficavam a margem da cidade em uma região considerada assombrada e habitação de espíritos malignos em se tratando de um cemitério. O homem sem Deus vive em meio a podridão da pornografia, do adultério e da imoralidade.

c.   Não usava roupas. Pois a intenção do diabo é tirar a moral e a vergonha da uma pessoa (Lc 8. 27).

d.   Era impelido pelos demônios a lugares desertos (Lc 8. 29).

e.   Feria-se com pedras (Mc 5. 5). Neste fato o corpo do homem é atingido, pois o diabo também visa em destruir aquilo que pode se tornar morada do Espirito Santo, levando o homem a condenação (1 Co 6.19; 3. 17)

                                         i.    Formas que o diabo usa para destruir o corpo: Bebida alcóolica, cigarro, crack, cocaína, maconha.

f.    Ele era preso com algemas e correntes (cadeias e grilhões). Esta é forma que a sociedade utiliza para tentar sanar o problema do homem, colocando nele algemas. Defino como algemas toda ação paliativa para a resolução do problema do pecado, que não seja Jesus. Podiam até prender ele com algemas, mas não podiam tirar dele os demônios.

                                         i.    Assim é as religiões, podem até fazer pensar que está tudo bem, mas o pecado ainda está lá. As algemas se assemelham a um anestésico, pode até dar jeito a dor, mas a enfermidade ainda está lá. Ex: a morfina usada para o tratamento do câncer.



III-     Um homem Liberto.

a.   Era comum este homem espantar todos os que se aproximavam daquela região (Mt 8. 28), porém neste momento quem estava alí era que tinha o poder de os espantar, pois seu poder sobre os demônios era símbolo da queda plena de satanás através da morte de Jesus no calvário (Cl. 2 15).

b.   Jesus fez por ele o que as algemas e correntes não fizeram, deram a libertação daquele homem e não somente amenizou o efeito daquela opressão.

c.   Jesus devolve ao homem tudo que ele havia perdido:

                                        i.    O autocontrole (Mc 5. 15), ele estava assentado.

                                      ii.    A consciência (Mc 5. 15), em perfeito juízo.

                                    iii.    A reputação (Mc 5. 15), estava vestido.

                                     iv.    A Família (Mc 5. 19), Jesus disse “vai para tua casa”.



IV-       Conclusão.

a.   Não existe outro meio de restauração para a vida do homem mergulhado no pecado e fragilizado pelo diabo. Jesus é o único meio (Jo 14. 6; At 4. 12).

b.   Jesus veio desfazer as obras do Diabo (1Jo 3.8).

c.   Portanto aquele que se achega a Deus por meio de Cristo recebe dele uma nova vida para viver, livre do domínio do pecado e das influencia malignas de Satanás, pois “quem é de Deus o maligno não o toca” (1 Jo 5. 18).

domingo, 3 de junho de 2012

A VERDADEIRA ADORAÇÃO - PARTE 1

"No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.
Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
João 4:23-24

As palavras de Jesus são enfáticas em relação a adoração. Ele trata a adoração como algo que não se compõe de ritos e independente de lugar. Ele mostra a adoração não como momentos mas sim como uma vida.

Diferentemente do que muitos pensam adoração não é louvar. Adoração consiste em uma vida de submissão e devoção ao Senhor e não em um simples levantar de mão ou do cantar de uma musica.

A adoração é algo puramente espiritual como disse Jesus. E esta adoração é algo profundo pois vem da parte imaterial do homem e não da parte carnal.

Muitos por ai adoram em carnalidade e em mentira, e não em espirito e em verdade. Estão equivocados pensando que por que durante o entoar de uma musica eles elevam seu pensamento a Deus, pensam que isso é adorar. Mas em detrimento a isso a sua vida é de rebeldia e desobediencia a palavra e a vontade do Senhor, é uma vida carnal e distante dos planos de Deus. Uma "adoração" onde a ênfase dada é a manifestações corpóreas não é adoração, pois a intenção é a satisfação da carne, é fazer na igreja o que não pode fazer declaradamente no mundo.

A frase "em espirito" evoca para nosso estudo Rm 12. 1-2.

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."
Romanos 12:1-2
O termo grego usado para a palavra racional é logikos, que na maioria das versões em portugûes é traduzido como tal, mas o que Paulo estava querendo dizer com esta expressão era, algo autêntico e ESPIRITUAL, mostrando que nossa vida deve ser de inteira adoração ao Senhor dia após dia.
 O apóstolo mostra que devemos apresentar o nosso corpo como sacrifico VIVO, SANTO e AGRADÁVEL a Deus. E não morto, profano e dasagradável. Por isso que no verso dois ele fala para não nos moldarmos segundo os padrões do mundo, pois este tem padrões mortos, profanos e desagradáveis a Deus. E muito dessas coisas têm sido propaladas em nosso meio. Uma adoração profana e mundana, aonde a êfase é na personalidade que canta ou que prega em detrimento ao Senhor.

A palavra adorar vem do grego, esta palavra do grego koiné “Proskuneo” que significa reverenciar ou homenagear. É usada cerca de 59 vezes no Novo Testamento para indicar a comemoração que rende a uma pessoa ao prostrar-se a seus pés. Também indica o fato de prestar homenagem ou tributo divino (Mateus 4:10, João 4:20-21, Hebreus 1:6). Sua tradução literal seria: “Beijar a mão ou o piso diante de”. Neste sentido é mais esclarecedor que o vocábulo usado no Antigo Testamento mais de 170 vezes para indicar adoração, “Shachah” e que se traduz literalmente como inclinar-se, cair diante de, prostrar-se, ajoelhar-se. Beijar denota contato, aproximação, relação. Pode-se reverenciar ou homenagear à distância, mas o beijo requer aproximação, contato.

Em relação a Deus adoração é uma vida de continua busca pela sua presença, assim como Marta diante de Jesus (Lc 10. 38-42).
Então muitos que usam este texto para avalizar certas práticas mundanas dentro da igreja acabam vendo seus argumento ruirem aqui, pois adorar não é ter uma uma vida distante de Deus e na hora de um louvor pensar em Deus, até meditar na letra da musica, chorar mas se não vive agradando a Deus ou dalí em diante a vida não ser de inteira devoção ao Senhor, isso não foi adoração.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS PROPALADOS PELA "ELITE" DA PREGAÇÃO (PSEUDO) PENTECOSTAL DA ATUALIDADE

Na verdade, o dano desses pregadores mercenários não seria tão nocivo somente pelo aspecto financeiro ou por sua motivação impura, pois consolado acerca desses homens, o apóstolo Paulo escreve: “Verdade é que alguns também pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.” (Fl 1:15-18). Note que Paulo se conforma com os falsos pregadores enquanto sua mensagem é verdadeira, mas outro problema tem ocorrido entre esses pregadores “caros”, a propagação de heresias e formação de uma mentalidade espiritual popular fraca. Vejamos pelo menos cinco problemas na mensagem para identificarmos esses pregadores duvidosos:

1- O excesso de conjecturas mal elaboradas e mal explicadas.

No afã de tornar o sermão mais atraente e empolgante, esses pregadores se utilizam de certas conjecturas que são feitas sem nenhum critério doutrinário, ou seja, narra-se uma história bíblica acrescentando informações inexistentes como se fossem fatos, assim, a conjectura já não é mais uma saudável ferramenta hermenêutica e homilética, e sim um elemento herético.

2- Conteúdo antropocêntrico, marcado pelo desprezo à glória de Deus.

A mensagem do itinerante não pode ser outra senão Cristo e este crucificado (I Co 2:2). O ego humano e não a alma perdida parece ser o alvo dessa safra de pregadores modernos. Não se prega o que é certo para o homem, mas o que dá certo para ele; fórmulas mágicas de felicidade e crescimento apresentadas num tom de terapia motivacional. Não fala em arrependimento, renúncia, santificação, senão em “três passos para ter sucesso”; “sete chaves para ser influente”; “cinco dicas para crescer” e blá, blá, blá... O homem está no centro dessa mensagem odiosa e vil, e não o Cristo crucificado e glorificado.

3- Uma ênfase triunfalista sem critérios e parâmetros para uma vida de triunfo.

São apresentadas maravilhosas promessas de vitória, tudo a custo de nada. As únicas bençãos que já nos foram providenciadas através da redenção, são as de cunho espiritual (Ef 1:3), as demais dádivas divinas chegam a nós condicionalmente (Jo 15:7). E mesmo algumas bênçãos espirituais advindas da redenção, operam de forma condicional (I Jo 1:7). Não se pode vociferar o “você vai ter!”; “você vai receber!”; “vai acontecer na sua vida!”, sem antes expressarmos as condições bíblicas para a aquisição da vitória.

4- Espírito grosseiramente insubordinado que cria nas massas uma mentalidade infiel às lideranças constituídas por Deus.

Alguns desses pregadores não têm um referencial de liderança, não estão “cobertos”, ou seja, não estão sob a autoridade espiritual de ninguém; são meros andarilhos, pregoeiros errantes que não têm compromisso com a Igreja de Cristo, pois se o tivessem, teriam também com os líderes constituídos da Igreja. Em suas mensagens, tentam astuciosamente infundir esse espírito insubordinado no povo, formando gerações de crentes rebeldes. Eles aproveitam eventos isolados em que há pessoas de diversas igrejas, para maldizer seus respectivos pastores, colocando dúvidas no coração das pessoas quanto aos seus líderes: “Aquele seu pastor frio!”; “Esse pastor que não enxerga sua chamada!”, e coisas assim. Isso é perigoso! Fuja dessas insinuações malévolas!

5- Superficialidade escriturística e ausência de conteúdo doutrinário.

Esses pregadores se dedicaram a decorar de maneira espantosa versículos bíblicos, porém, não há um senso de cadeia temática, eles simplesmente disparam textos bíblicos de maneira desconexa e jactante, porém, o conhecimento contextual acerca dos mesmos é superficial, alem de não estarem instruídos na ortodoxia da doutrina bíblica.

Conclusão:

É bem verdade que as pessoas não querem ouvir um sermão meramente homilético e recheado de textos bem organizados, é preciso ter A PALAVRA DE DEUS, ou seja, aquilo que Deus tem a dizer às pessoas. Mas esta Palavra não pode estar desvinculada de um parâmetro doutrinário apostólico.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Salvação além da Esperança.

Texto bíblico: Lc. 23. 39-42.

Introdução
A morte de Jesus por meio da crucificação para muitos foi um incidente ou até mesmo uma falha no plano divino. As pessoas da época de Jesus não estavam entendendo o real motivo de um homem tão bom, que só fazia coisas boas está sendo morto de forma tão indigna e vergonhosa. Jesus, dias antes de sua crucificação expos aos seus discípulos que seria necessário padecer, ser morto e ressuscitar (Mt 16. 21).
Seus próprios discipulos demontravam ignorancia acerca do plano de Redenção. Dias antes da Sua morte o Senhor Jesus reunido com os seu discipulos falava que era necessario "padecer... ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia" (Mt 16. 21), neste momento Pedro toma a palavra e profere algumas palavras que demonstra desconhecimento sobre o Plano da Salvação. "E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo dizendo: Senhor, tem compaixão de ti mesmo; de modo nenhum te acontecerá isso." (Mt 16. 22) Muitos podem até questionar a forma enérgica que o Senhor respondeu a pedro, mas Ele reconheceu nas palavras de Pedro a mesma tentação diabólica de evitar o sofrimento como parte de sua vocação messiânica, da mesma forma que havia escutado no deserto. Tal misterio da morte de Cristo só foi revelado por intermedio do Espirito Santo no pentecostes através das palavras do próprio Pedro (At 2. 22 e 23).
Mas antes disso os religiosos que estavam por detrás do plano de matar Jesus, pensavam estar autorizando a morte de um insano de um revolucionário qualquer ou de um auto-intitulado Messias, não sabendo eles que estavam contribuindo para a consumação do Plano Redentor.
No momento em que Barrabás é substituido por Jesus nós temos a mais clara manifestação de que a morte de Jesus seria Vicária (Lc 23 18, 24 e 25).
Lá no Golgota Jesus é colocado entre dois malfeitores, em cumprimento ao que foi dito pelo profeta Isaías "contado entre os malfeitores" (Is 53. 12).

I- Dois malfeitores, duas classes de pessoas.

1. Temos um malfeitor obstinado que mesmo estando em condenação não põe o seu olhar para visualizar a Jesus como redentor.
1.1. Pecador sofrendo as consequências pelo pecado beirando um destino eterno sem Deus, de forma semelhante ao rico de Lucas 16. 22 e 23.
1.2. Um homem zombador, que estando em condenação semelhante a do Senhor Jesus escarnecia dele ignorando o que está escrito em Jó 20. 4-7.
1.3. Este homem tem em suas atitudes uma semelhança com aqueles que em nossos dias resistem a graça de Deus (At 7. 51) que foi manifesta aos homens trazendo salvação a todos (Tt 2. 11).

2. Temos um malfeitor que temeu a Deus que se revoltou contra o que zombava do Senhor Jesus (v. 40).
2.1. Reconheceu sua própria condenação e merecimento por ela (v. 41).
2.2. Reconheceu sua própria impotência e necessidade (v. 41).
2.3. Este homem se assemelha a todos aqueles que ao ouvir a mensagem da graça reconhecem que são pecadores e necessitados de salvação e que compreendem que sem Jesus eles não serão redimidos (Sl 51. 17 ; Rm 10. 9 ; 1 Jo 1. 7 e 9)

II - Salvo além da Esperança.
1. Esperança (do grego: elpis), tem o significado de expectativa baseada em uma sólida certeza.
1.1. Este homem não tinha uma sólida certeza futura, este era incerto para ele, pois a única coisa que lhe restava era uma morte certa, sem a expectativa de alguma intervenção ou absolvição. Para ele a vida findaria alí.

2. Aprendendo com o ladrão na cruz.
2.1. Mesmo sem uma esperança futura ele direciona seu olhar ao Senhor Jesus e lhe faz uma petição "lembra-te de mim".
2.2 Partindo de um pré-suposto de que assistindo a crucificação estavam todos os discípulos (com exceção de judas) e também Maria a mãe de Jesus (Jo 19. 25) podemos ver o ladrão se direcionando, não a Maria nem a algum dos discípulos, mas sim a Jesus, ele sem saber estava reafirmando a suficiência de Cristo em relação ao perdão e salvação das nossas almas (Jo 14. 6; At 4. 12; 1Tm 2.5; 1Jo 2. 1).
2.3 Ele reconhece o senhorio de Cristo, pois a palavra usada por ele para "senhor" ( do grego: kuiros), demonstra que se referiu a Jesus como superior a sí, como alguém que domina sobre sí (Rm 10. 13).
2.4 Na sua declaração o ladrão visualiza não somente a vergonha e vitupério presente de Jesus na cruz, e também demonstra um conhecimento acerca do ofício messiânico, pois ele sabia que Jesus ainda viria como Rei (v. 42).

III- Uma petição limitada e uma resposta inesperada.
1. O ladrão pede ao Senhor "lembra-te de mim". Aprendemos que mesmo limitando seu pedido a uma simples lembrança, ele vê em Jesus como alguém que poderia fazer algo em seu favor. Jesus é o único que pode solucionar o problema do pecado (Mt 1. 21).
2. Jesus em resposta não corresponde a expectativa daquele homem, Jesus a superou! Aquele homem se limitou em pedir que Jesus apenas lembrasse dele mas Jesus disse: "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso".
2.1 Quando Jesus diz para aquele homem "Hoje mesmo", ele dá uma nova esperança futura.
2.2 Quando Jesus diz "estarás comigo", ele se coloca como fonte ou agente salvador, como se dissesse "você estará em minha posse", "eu me responsabilizo por você".
2.3 Podemos refletir sobre uma ultima coisa, aquele homem estava condenado por viver a vida na criminalidade, mas no ultimo instante ele recebeu a salvação, isso é a Graça de Deus (Lc 19. 10 ; 2Co 5. 17)! Não importa o que fizemos antes de conhecer Jesus desde que Nele não pratiquemos mais os mesmo atos!

CONCLUSÃO
Neste breve estudo podemos ver acerca de duas classes de pessoas, e da maneira que o meigo nazareno trata a cada uma. podemos perceber a prontidão que Jesus está em salvar o homem pois seu desejo é que todos venham a salvar-se, e em Suas atitudes vemos a sua infinita misericórdia e graça para conosco pobres e miseráveis pecadores!