INTRODUÇÃO
Apesar do
maior destaque em nós pentecostais ser o fervor espiritual e a
doutrina do batismo com o Espirito Santo, e de nossa historia ser
marcada por um forte anti-intelectualismo principalmente aqui no
Brasil. No entanto a base de nossa historia e de nossa experiencia
esta na Palavra de Deus.
Devemos
perceber no inicio de nossa historia que mesmo muitos obreiros
rejeitarem o ensino teológico formal, talvez pela disseminação da
teologia liberal vigente em muitos seminários da época, mas em
nossos púlpitos existiam obreiros que se esmeravam em ler as
escrituras, decorar e estudar os textos bíblicos na intenção de
alimentar o rebanho. Homens muitas vezes que tinham de se desdobrar
entre o estudo da bíblia e o trabalho secular. Homens que em uma mão
estava a enxada, o facão, ou a foice e debaixo do braço a bíblia
sagrada. Isso nos mostra o interesse destes homens em servir ao povo
do Senhor uma palavra embasada nas escrituras.
MUDANÇA
DE PARADIGMAS NA PREGAÇÃO PENTECOSTAL
Hoje eu
vejo uma grande diferença quando põe-se um irmão mais antigo para
pregar e um pregador “gideonita”*.
O
primeiro apesar das limitações de conhecimento teológico, pois
muitos ainda tem a cultura anti-intelectual, porém são
centralizados na palavra de Deus, e sempre procuram focalizar a
Cristo e ao seu Senhorio. Vale destacar que estes não andam de
acordo com “estilos de pregação”, tais como “mensagens de
reteté”, de “avivamento” ou de “vitoria”, eles obedecem o
que Deus quer falar por meio do texto lido, e confiam plenamente na
iluminação do Espirito.
O centro
da mensagem sempre vislumbra aquele velho esboço pregado por nossos
pais:
JESUS
SALVA;
JESUS
CURA;
JESUS
BATIZA COM O ESPIRITO SANTO;
JESUS VAI
VOLTAR.
O segundo grupo já saúda os irmãos querendo aquele amém bem barulhento, mandando um irmão olhar para o outro e dizer o que ele mandar, lembrando que isso acontece dezenas de vezes durante a sua prédica, pega a bíblia ler um texto fora de contexto e dá-lhe chave, benção, vitoria, fogo e movimento! Mensagens pobres de conhecimento bíblico e de espiritualidade. Muitos nem estudam o texto antes de subir ao púlpito. Mas o pior não é que isso acontece por falta de acesso ou oportunidade, muitas vezes por preguiça! Aí temos uma igreja doente, insalubre e que verdadeiramente não conhece a Deus.
Uma
igreja levada por ventos de “avivamento”, porém não conhece o
genuíno derramar do Espirito.
Devido a esse padrão de pregação, as exposições são muito deficientes. É fato que muitos se deixam levar por esse tipo de coisa por falta de um referencial positivo, de um discipulador ou mesmo de um pastor. Estes quero crer que não fazem por maldade e sim por ignorancia mesmo.
Devido a esse padrão de pregação, as exposições são muito deficientes. É fato que muitos se deixam levar por esse tipo de coisa por falta de um referencial positivo, de um discipulador ou mesmo de um pastor. Estes quero crer que não fazem por maldade e sim por ignorancia mesmo.
RESULTADOS
DESSA CRISE DE PULPITO
Baseado
nesse pequeno traçado acima, vemos que estamos em crise pois nosso
publico esta sendo alimentado com comida sem qualidade e sem o tempero
do Espirito. Temos criado um povo leigo de bíblia.
Sempre tendemos a dois extremos, ou a uma mensagem fria, puramente exegética, sem fervor ou a uma mensagem emocionalista, sem profundidade bíblica e uma boa aplicação.
Sempre tendemos a dois extremos, ou a uma mensagem fria, puramente exegética, sem fervor ou a uma mensagem emocionalista, sem profundidade bíblica e uma boa aplicação.
Nossos
irmãos devido a esta crise acabam indo buscar nos seminários
teológicos algo que eles deveriam ter no púlpito de sua igreja!
Isso mesmo. Muitos buscam em uma classe de teologia algo que eles deveriam ter no pulpito. Minúncias da fé.
Nada contra o ensino teológico formal, mas eu acho que lá é lugar de formação de obreiros e não de discipulado. Devido a isso, infelizmente, muitos não acertam na escolha do seminário e entram no caminho do Teísmo aberto, do Calvinismo extremado, do neopentecostalismo ou mesmo o cessacionismo e de outras falsas doutrinas.
Nada contra o ensino teológico formal, mas eu acho que lá é lugar de formação de obreiros e não de discipulado. Devido a isso, infelizmente, muitos não acertam na escolha do seminário e entram no caminho do Teísmo aberto, do Calvinismo extremado, do neopentecostalismo ou mesmo o cessacionismo e de outras falsas doutrinas.
Tudo isso
motivado por uma fome que os seus lideres deveriam saciar.
CONCLUSÃO
Então
queridos pregadores pentecostais, estudemos a bíblia!
Nos
apliquemos mais em conhecer a palavra de Deus. O diabo implantou na
mente de muitos que se estudar a palavra vai ficar frio, crú (como
se diz aqui na cidade onde moro, Campina Grande-PB), sem
espiritualidade e etc. Pelo contrario, o conhecimento só vai nos
incentivar a buscar algo genuíno da parte do Espirito de Deus. Você vai se sentir inconformado em pregar "qualquer coisa" ao povo de Deus.
Voltemos
a pregação centralizada nas Escrituras.
*pregador "gideonita": É aquele que se inspira nos pregadores-agitadores do Congresso Internacional dos Gideões Missionarios da Ultima Hora em Camboriú, Santa Catarina. Onde na sua maioria deixam muito a desejar em conhecimento biblico sólido e suas mensagens são antropocêntricas, levando o publico a fazer muito barulho. Não tenho nada contra o trabalho dos gideões, só não apoio os que lá pregam.
*pregador "gideonita": É aquele que se inspira nos pregadores-agitadores do Congresso Internacional dos Gideões Missionarios da Ultima Hora em Camboriú, Santa Catarina. Onde na sua maioria deixam muito a desejar em conhecimento biblico sólido e suas mensagens são antropocêntricas, levando o publico a fazer muito barulho. Não tenho nada contra o trabalho dos gideões, só não apoio os que lá pregam.