sexta-feira, 11 de maio de 2012

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS PROPALADOS PELA "ELITE" DA PREGAÇÃO (PSEUDO) PENTECOSTAL DA ATUALIDADE

Na verdade, o dano desses pregadores mercenários não seria tão nocivo somente pelo aspecto financeiro ou por sua motivação impura, pois consolado acerca desses homens, o apóstolo Paulo escreve: “Verdade é que alguns também pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; uns por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas outros, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento, ou em verdade, nisto me regozijo e me regozijarei ainda.” (Fl 1:15-18). Note que Paulo se conforma com os falsos pregadores enquanto sua mensagem é verdadeira, mas outro problema tem ocorrido entre esses pregadores “caros”, a propagação de heresias e formação de uma mentalidade espiritual popular fraca. Vejamos pelo menos cinco problemas na mensagem para identificarmos esses pregadores duvidosos:

1- O excesso de conjecturas mal elaboradas e mal explicadas.

No afã de tornar o sermão mais atraente e empolgante, esses pregadores se utilizam de certas conjecturas que são feitas sem nenhum critério doutrinário, ou seja, narra-se uma história bíblica acrescentando informações inexistentes como se fossem fatos, assim, a conjectura já não é mais uma saudável ferramenta hermenêutica e homilética, e sim um elemento herético.

2- Conteúdo antropocêntrico, marcado pelo desprezo à glória de Deus.

A mensagem do itinerante não pode ser outra senão Cristo e este crucificado (I Co 2:2). O ego humano e não a alma perdida parece ser o alvo dessa safra de pregadores modernos. Não se prega o que é certo para o homem, mas o que dá certo para ele; fórmulas mágicas de felicidade e crescimento apresentadas num tom de terapia motivacional. Não fala em arrependimento, renúncia, santificação, senão em “três passos para ter sucesso”; “sete chaves para ser influente”; “cinco dicas para crescer” e blá, blá, blá... O homem está no centro dessa mensagem odiosa e vil, e não o Cristo crucificado e glorificado.

3- Uma ênfase triunfalista sem critérios e parâmetros para uma vida de triunfo.

São apresentadas maravilhosas promessas de vitória, tudo a custo de nada. As únicas bençãos que já nos foram providenciadas através da redenção, são as de cunho espiritual (Ef 1:3), as demais dádivas divinas chegam a nós condicionalmente (Jo 15:7). E mesmo algumas bênçãos espirituais advindas da redenção, operam de forma condicional (I Jo 1:7). Não se pode vociferar o “você vai ter!”; “você vai receber!”; “vai acontecer na sua vida!”, sem antes expressarmos as condições bíblicas para a aquisição da vitória.

4- Espírito grosseiramente insubordinado que cria nas massas uma mentalidade infiel às lideranças constituídas por Deus.

Alguns desses pregadores não têm um referencial de liderança, não estão “cobertos”, ou seja, não estão sob a autoridade espiritual de ninguém; são meros andarilhos, pregoeiros errantes que não têm compromisso com a Igreja de Cristo, pois se o tivessem, teriam também com os líderes constituídos da Igreja. Em suas mensagens, tentam astuciosamente infundir esse espírito insubordinado no povo, formando gerações de crentes rebeldes. Eles aproveitam eventos isolados em que há pessoas de diversas igrejas, para maldizer seus respectivos pastores, colocando dúvidas no coração das pessoas quanto aos seus líderes: “Aquele seu pastor frio!”; “Esse pastor que não enxerga sua chamada!”, e coisas assim. Isso é perigoso! Fuja dessas insinuações malévolas!

5- Superficialidade escriturística e ausência de conteúdo doutrinário.

Esses pregadores se dedicaram a decorar de maneira espantosa versículos bíblicos, porém, não há um senso de cadeia temática, eles simplesmente disparam textos bíblicos de maneira desconexa e jactante, porém, o conhecimento contextual acerca dos mesmos é superficial, alem de não estarem instruídos na ortodoxia da doutrina bíblica.

Conclusão:

É bem verdade que as pessoas não querem ouvir um sermão meramente homilético e recheado de textos bem organizados, é preciso ter A PALAVRA DE DEUS, ou seja, aquilo que Deus tem a dizer às pessoas. Mas esta Palavra não pode estar desvinculada de um parâmetro doutrinário apostólico.