domingo, 10 de março de 2013

HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA


Por Emmanuel Martins
 
INTRODUÇÃO

1° Falaremos sobre o milagre que mais tornou o ministério de Eliseu notório nos nossos púlpitos, o milagre da multiplicação do azeite de uma viúva.

2° Vamos aprender como Deus age em meio a escassez e como ele trabalha na utilização de nossos recursos, mesmo este sendo poucos.

3° Submissão e fé, são as palavras-chave para a aplicação prática desta lição, pois foram estas atitudes que fizeram como que o milagre acontecesse de fato.

I – EXPOSIÇÃO DE UM PROBLEMA (ver. 1).

1° Eliseu deu prosseguimento ao ministério de escolas proféticas, um de seus alunos havia morrido e a sua esposa estava em uma situação difícil. Parece que as primeiras escolas de foram organizadas por Samuel (ISm 10. 5; 19. 20) e estabelecidas por Elias e Eliseu no Reino do Norte (IIRs 2. 3, 5; 4. 38; 6. 1).
 
2° Ele havia morrido de modo inesperado e deixado uma herança de dívidas.

3° O credor havia ameaçado de levar os dois filhos dela para serem escravos, na intenção deles pagarem o valor da dívida com um certo tempo de servidão, conforme Lv 25. 39, 40.

II – A MORTE DE UM HOMEM DE DEUS E SUAS CONSEQUENCIAS (ver. 1)

1° Podemos aprender algumas coisas com este homem cuja biografia é suprimida pelas consequências de sua morte.

2° Algumas especulações há sobre a identidade deste servo de Eliseu, alguns pensam ser este homem Obadias, o mordomo que escondeu alguns servos fieis e os sustentou com pão e água (1Rs 18. 3, 4).

3° Este homem temia ao Senhor, ou seja, servia fielmente a Deus e buscava a sua face.

4° Este homem vivia sua vida de modo natural vivendo a cada dia o seu mau (2Rs 4. 1), ou seja sem se preocupar com o que haveria de suceder no amanhã (Mt 6. 25 e 34).

III- PROCURANDO A PESSOA CERTA (vers. 1-3)

1° A mulher foi a procura de uma solução no lugar certo com a pessoa certa, ela procurou a liderança eclesiástica da época.

2° Como homem de Deus Eliseu procurou ajudar aquela viúva. A igreja de Jesus deve sempre ajudar e amparar aos necessitados (At 2. 42-47; 6.1-3).

3° Eliseu ao perguntar o que a mulher tinha em casa ela a principio procurou responder avaliando o que tinha de acordo com o valor da dívida, porém ao ver que nada tinha ela declara de fato o que havia lhe restado, uma botija de azeite.

4° O homem de Deus manda ela pedir vasos emprestados. Isso nos mostra que devemos reconhecer nossa dependência não só de Deus mas também do nosso próximo.

5° Ele manda providenciar o meio onde o milagre se realizaria, não o elemento. O elemento do milagre seria aquele mesmo que ela tinha.

6° “Vai” e “pede” (vers. 3), duas palavras que mostram a necessidade de desprendimento de nosso orgulho humano, em relação as nossas necessidades e carências. O homem de Deus instiga nesta mulher um sentimento de humildade.

7° Ao precisarmos de ajuda, devemos procurar a pessoa certa e nos desprendermos daquele sentimento arrogante de que “dependo só de Deus”.

VI – A DINÂMICA DO MILAGRE (vers 4-6).

1° Ao adquirir o meio onde o milagre se realizaria, o homem de Deus manda que ela, “feche a porta sobre si e sobre teus filhos”. Aprendemos que a prioridade deste milagre era promover a gloria de Deus nesta família e atender as suas necessidades.

2° Eliseu manda a mulher “deitar o azeite”, indica ação. O azeite só se multiplicaria se ela deitasse a botija sobre os outros vasos. Ele não fluiria livremente como uma fonte ou muito menos jorraria da botija.

3° Podemos perceber que a mulher foi para casa e os seus filhos foram em busca do meio para ocorrer o milagre. O que é para quem iria tornar-se escravo apenas procurar vasos?

4° Através deste milagre Deus providenciou o meio para que a mulher não tivesse seus filhos em escravidão. Deus Agiu de misericórdia e demonstrou a sua bondade.

CONCLUSÃO

Os milagres que o Senhor executa na vida daqueles que o serve, são para promover a Sua gloria e atender-nos, como humanos frágeis e inábeis, em nossas necessidades.

Podemos aprender com esta lição que Deus não só nos ordena atender aos necessitados, mas que ele mesmo também providencia os meios para que tenhamos o escape.

segunda-feira, 4 de março de 2013

A MULHER QUE PREGAVA COM UMA AGULHA

Por Emmanuel Martins

(At 9. 36-43)
 
INTRODUÇÃO

 
1° Em Atos vemos a expansão da Igreja e do evangelho de Jesus aos judeus e gentios daquela época (At 1. 8).

 
2° Conferimos a Igreja revestida de poder anunciando a Jesus como Senhor, mesmo em face de perseguições (At 4. 31; At 8. 1-3).

 
3° Depois de quase oito anos após o Pentecostes temos o Apóstolo Pedro visitando vários crentes das partes da Judéia (At 9. 32).

 
4° Logo depois de curar um paralítico sob a autoridade do Nome de Jesus, Pedro é solicitado a se fazer presente a um cenário de tristeza e de dor, aonde uma serva fiel do Senhor havia morrido. Serva esta que vamos estudar um pouco sobre ela nesta breve exposição.

 
I – CONHECIDA POR SUAS BOAS OBRAS (At 9. 36).

 
1° Lucas faz menção primeiramente ao fato de Tabita ser uma discipula. Podemos entender através do ver. 38 que em Jope havia uma comunidade de Cristãos, uma Igreja.

 
Tabita, seguia os ensinamentos e preceitos passados por Jesus.

 
2° O nome desta discípula no aramaico se diz Tabita, mas lucas como escrevia para um grego chamado Teophilo, a traduziu como Dorcas, onde ambos os nomes significam “gazela, corça”, genero de atílopes ligeiros e graciosos.
E pelo que podemos ver na narrativa, o caráter de Dorcas era bem parecido com o nome que lhe davam.

 
3° O ver. 36 na Versão Almeida Revista e Atualizada nos faz menção algo que precisa ser destacado. O texto diz que “ela [Dorcas] era notável pelas boas obras que fazia.” Podemos aprender que Dorcas era conhecida por suas boas obras.

 
4° As boas obras não salvam (Ef 2. 8) mas devem ser parte da vida de uma alma salva, pois refletimos o caráter de Jesus (Ef 2. 10).

 
5° Pergunta para reflexão: Qual aspecto de nossa vida nos faz conhecidos pelos que estão ao nosso redor?

 
6° Dorcas era uma mulher caridosa que supostamente servia às viúvas com “túnicas e vestes que fazia quando estava com elas.” Ela utilizava suas habilidades para o serviço do reino. Toda mulher cristã deve servir aos Senhor e aos irmãos com suas habilidades.

 
7° Devemos aprender com Dorcas que devemos servir sem esperar nada em troca.

 
8° Dorcas pregava com a agulha. A pregação sem as boas obras é fraca e sem eficácia.

 
II- CENÁRIO DE DOR, PALCO DE MILAGRE (At 9. 36-41).

 
1° Todo cristão por mais caridoso e bom que seja pode ser surpreendido pela dor de uma perda, pode ser assaltado pela angustia.

 
2° Em meio a vida de trabalho que alegrava grande numero de pessoas a morte lhe sobreveio. Dorcas de modo inesperado foi assaltada por uma enfermidade que lhe causou a morte.

 
3° Os irmãos cheios de fé, crendo que Deus a poderia fazer reviver mandam chamar a Pedro. Desta vez vemos a fé para o milagre, não da pessoa que precisava dele, mas dos que estavam ao seu redor. Precisamos crer para o bem de outros, não só para o nosso próprio bem. Como em Marcos 2. 5.

 
4° Pedro é solicitado por ser o líder da igreja em Jerusalém e por ser usado com grande poder pelo Espirito do Senhor. Pedro certamente dotado de dom de maravilhas obedece ao que Jesus lhes falou em Mateus 10. 8 “ressuscitai os mortos”.

 
5° Como de costume em atos fúnebres, Dorcas é lavada e depositada em um quarto certamente em um primeiro andar na casa onde os santos se reuniam.

 
6° No quarto onde Dorcas jazia Deus fez o milagre.

 
III- UMA CURA PELO MÉTODO DE JESUS

 
1° Pedro ao chegar no lugar onde Dorcas estava, presencia todas as viúvas chorando por falta dela. No momento de nosso nascimento houve o nosso choro diante do sorriso de muitos, mas na nossa partida haverá nosso sorriso diate do choro dos que sentirão falta de nós.

 
2° Pedro faz com Dorcas do mesmo modo como ele viu Jesus fazer com a filha de Jairo. Esta seria a primeira ressurreição na igreja primitiva, e Pedro inexperiente neste aspecto segue a forma como viu Jesus ressuscitar (Mc 5. 41)

 
3° Jesus havia pedido para ficar só com a filha de Jairo, assim Pedro fez com Dorcas (Mc 5. 51).

 
4° Pedro consulta ao Senhor em oração como Jesus havia feito na ocasião com Lázaro, para buscar uma direção (Jo 11. 41, 42).

 
5° Pedro pronuncia uma frase semelhante a que Jesus pronunciou com a filha de Jairo, frase esta que apenas uma letra a diferencia, talita cumi, tabita cumi, que quer dizer Tabita levanta-te.

 
6° Jesus deve ser o modelo nosso na busca por algo sobrenatural da parte de Deus.

 
CONCLUSÃO

 
Neste momento temos toda uma comunidade alegre pela ressurreição de uma discípula. Esta tinha uma marca em sua vida, uma agulha e vestes feitas para a obra do Senhor. Cada um tem uma marca. Moisés, uma vara. Sansão uma queixada de jumento, Paulo um lenço, Pedro sua sombra. Mas esta mulher tinha uma agulha.

Por mais insignificante que pareça os recursos que temos para servirmos ao Senhor, será de grande serventia.