O relacionamento com Deus é um fator
muito importante na vida de todo o cristão. É um ponto decisivo na nossa
caminhada e em nosso discipulado. Pois, a maneira como nós conhecemos a Deus vai
influenciar totalmente em nosso modo de tratamento e em nossa intimidade com
ele.
Corroborando este meu pensamento cito o Dr. Craig Keener, que diz:
"Com frequência, temos conceitos equivocados a respeito do caráter de Deus. Temos o hábito de cultivar na mente nossos próprios ídolos e formar uma imagem de Deus que não corresponde ao verdadeiro Deus da bíblia." [1]
Com o passar dos anos tenho visto nas redes sociais e no
meu dia-a-dia conversando com amigos, que há muitos equívocos em torno da
intimidade com Deus. Tem muita gente que, munido de uma boa intenção que é se
aproximar de Deus e ter um relacionamento de amigos com ele tem mantido algumas
práticas excedentes no que se refere ao modo de tratamento com o Criador, ao
próprio comportamento para com as pessoas e a sua visão sobre Ele.
Mas o que entendemos por intimidade?
Pode-se definir intimidade como “relação muito próxima; amizade intima;
familiaridade. Vocês concordam comigo que intimidade é uma relação de
conhecimento tal, entre duas pessoas, que não se pode considerar mais uma
amizade como sendo superficial? Intimidade é uma relação de profundidade,
proximidade extrema.
Então, podemos definir “intimidade
com Deus” como uma relação de conhecimento profundo que redunda em uma
proximidade extrema entre a criatura e o seu Criador (Sl 63. 1). Deus, o Pai,
Aquele que te criou te conhece com profundidade e plenamente. No entanto, como
falamos em uma relação entre pessoas, o homem precisa ter conhecimento de Deus
e através deste conhecimento se aproximar dele.
Intimidade com Deus é o conhecer e o
tratar de acordo com o que se conhece dele. Não é de modo irrestrito lhe
conferir adjetivos que não expressam em nada o seu caráter, nem se pode fazer
conhecidas as suas obras por meio deles. Há um movimento de “intimidade” que
se referem a Deus por meio de pronomes que de fato não o glorificam. Não, eles
não chamam Deus de amigo, nem de Papai, Paizinho, Amado de minha alma, palavras
que expressam quem Deus é. Mas como “cara”, “topzera”, “maluco”, “lôco”,
“doidêra” e outras sandices mais.
O vocabulário que deveria ser transformado
pelo poder do evangelho, agora é adaptado ao modo como os mundanos tratam uns
aos outros. Paulo nos ensina que nosso falar deve ser “sã e irrepreensível” (Tt
2. 8).
Ser íntimo de Deus não é trata-lo com
bem queremos não! É ser próximo dele de modo que eu possa conhecer quem ele é e
trata-lo como tal, reconhecendo seus atributos e grandes feitos em toda a
terra.
Infelizmente, muitos destes jovens
assim agem por ignorância. Muitos não conhecem os atributos de Deus. Acham que
devem ser assim para “ganhar” outros jovens para Jesus, esquecem-se eles que “o
evangelho é o poder de Deus para a salvação” e não nossas gírias.
Muitos se utilizam de Jo 15. 15 para
afirmar tal desordem no modo de tratamento com o Senhor, mas vejamos o que a
bíblia diz e entendamos:
“Já não vos chamo servos, porque o
servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo
quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” Jo 15.15
Ele disse que os chama de amigos por
que fez o Pai conhecido deles! Ser amigo do Senhor é o conhecer e se aproximar
dele por intermédio deste conhecimento.
Portanto, amados jovens e demais
irmãos em Cristo busquemos conhecer ao Senhor como ele de fato é, através das
páginas das sagradas Escrituras e em oração e louvores ao Seu maravilhoso nome
tratemo-lo como Ele realmente é, e não de modo fantasioso como muitos têm
feito.
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