terça-feira, 3 de abril de 2018

O QUE VOCÊ ENTENDE POR INTIMIDADE COM DEUS?


O relacionamento com Deus é um fator muito importante na vida de todo o cristão. É um ponto decisivo na nossa caminhada e em nosso discipulado. Pois, a maneira como nós conhecemos a Deus vai influenciar totalmente em nosso modo de tratamento e em nossa intimidade com ele.

Corroborando este meu pensamento cito o Dr. Craig Keener, que diz:

"Com frequência, temos conceitos equivocados a respeito do caráter de Deus. Temos o hábito de cultivar na mente nossos próprios ídolos e formar uma imagem de Deus que não corresponde ao verdadeiro Deus da bíblia." [1]

Com o passar dos anos tenho visto nas redes sociais e no meu dia-a-dia conversando com amigos, que há muitos equívocos em torno da intimidade com Deus. Tem muita gente que, munido de uma boa intenção que é se aproximar de Deus e ter um relacionamento de amigos com ele tem mantido algumas práticas excedentes no que se refere ao modo de tratamento com o Criador, ao próprio comportamento para com as pessoas e a sua visão sobre Ele.

Mas o que entendemos por intimidade? Pode-se definir intimidade como “relação muito próxima; amizade intima; familiaridade. Vocês concordam comigo que intimidade é uma relação de conhecimento tal, entre duas pessoas, que não se pode considerar mais uma amizade como sendo superficial? Intimidade é uma relação de profundidade, proximidade extrema.

Então, podemos definir “intimidade com Deus” como uma relação de conhecimento profundo que redunda em uma proximidade extrema entre a criatura e o seu Criador (Sl 63. 1). Deus, o Pai, Aquele que te criou te conhece com profundidade e plenamente. No entanto, como falamos em uma relação entre pessoas, o homem precisa ter conhecimento de Deus e através deste conhecimento se aproximar dele.

Intimidade com Deus é o conhecer e o tratar de acordo com o que se conhece dele. Não é de modo irrestrito lhe conferir adjetivos que não expressam em nada o seu caráter, nem se pode fazer conhecidas as suas obras por meio deles. Há um movimento de “intimidade” que se referem a Deus por meio de pronomes que de fato não o glorificam. Não, eles não chamam Deus de amigo, nem de Papai, Paizinho, Amado de minha alma, palavras que expressam quem Deus é. Mas como “cara”, “topzera”, “maluco”, “lôco”, “doidêra” e outras sandices mais.

O vocabulário que deveria ser transformado pelo poder do evangelho, agora é adaptado ao modo como os mundanos tratam uns aos outros. Paulo nos ensina que nosso falar deve ser “sã e irrepreensível” (Tt 2. 8).

Ser íntimo de Deus não é trata-lo com bem queremos não! É ser próximo dele de modo que eu possa conhecer quem ele é e trata-lo como tal, reconhecendo seus atributos e grandes feitos em toda a terra.
Infelizmente, muitos destes jovens assim agem por ignorância. Muitos não conhecem os atributos de Deus. Acham que devem ser assim para “ganhar” outros jovens para Jesus, esquecem-se eles que “o evangelho é o poder de Deus para a salvação” e não nossas gírias.

Muitos se utilizam de Jo 15. 15 para afirmar tal desordem no modo de tratamento com o Senhor, mas vejamos o que a bíblia diz e entendamos:
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” Jo 15.15

Ele disse que os chama de amigos por que fez o Pai conhecido deles! Ser amigo do Senhor é o conhecer e se aproximar dele por intermédio deste conhecimento.

Portanto, amados jovens e demais irmãos em Cristo busquemos conhecer ao Senhor como ele de fato é, através das páginas das sagradas Escrituras e em oração e louvores ao Seu maravilhoso nome tratemo-lo como Ele realmente é, e não de modo fantasioso como muitos têm feito.

[1] KEENER, Craig S. O Espírito Na igreja: O que a bíblia ensina sobre os dons. São Paulo: Edições Vida Nova, pág 19.

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